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A Orquestra Sinfônica da Juventude, formada por 55 jovens do subúrbio de Salvador, fez sua primeira apresentação, após dois anos inativa

A Orquestra Sinfônica da Juventude, formada por 55 jovens do subúrbio ferroviário de Salvador, reiniciou suas atividades, no último dia 26 de março, na Reitoria da UFBa, durante o Festival Viva Salvador 2007, que integra a programação do aniversário de 458 anos da cidade. Sob a regência do maestro Joel Barbosa, a primeira apresentação da orquestra, criada há cinco anos pela prefeitura, antecedeu a conferência do secretário executivo do Ministério da Cultura, Juca Ferreira, que falou sobre Cultura e Responsabilidade Social; e o II Encontro de Projetos de Cultura em Comunidade de Salvador, evento que mobilizou as mais diversas lideranças comunitárias da cidade em torno da discussão sobre planejamento cultural.

Inativa há dois anos, por falta de patrocínio, a orquestra está sendo resgatada agora em uma iniciativa conjunta da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e a Secretaria de Desenvolvimento Social do município. “Precisamos incentivar propostas estruturantes como esta que sugere o engajamento cultural de sua comunidade”, defende o professor Paulo Costa Lima, presidente da FGM, dizendo ainda que “a fundação se sente honrada em assumir o projeto, a partir de agora”. Nos três anos em que esteve ativo, o projeto beneficiou cerca de 140 jovens de Coutos e Novos Alagados, e Joel Barbosa, seu coordenador, não tem dúvida de que causou um impacto muito positivo na comunidade do subúrbio de Salvador: “A atividade da orquestra tem dado uma outra dimensão humana, educacional e social a esses jovens”, afirma Joel, para quem a iniciativa da FGM em parceria com a Sedes, “é uma demonstração de sensibilidade artística e social”.

O regente observa que o projeto permite que as perspectivas dos alunos se ampliem. De fato, “alguns dos jovens integrantes da orquestra hoje já trabalham com música”, informa Fabrício Dalla Vechia, um dos professores que participam do projeto. Segundo Fabrício, que dá aulas de sopro na orquestra, são realizados três ensaios semanais, na sede da Sociedade 1º de Maio, em Novos Alagados, e os alunos – jovens com média de idade de 17 a 21 anos, “são muito dedicados”. Eles têm aulas de instrumentos de corda, sopro e percussão e utilizam os instrumentos da orquestra, que conseguiu, através da prefeitura e de doações espontâneas, reunir cerca de 100 instrumentos. Os alunos entram no projeto com o interesse, a participação e a vontade de aprender. “Todos começaram do zero e evoluíram muito”, testemunha o professor.

O clima de reestréia já contagiou os jovens músicos, os quatro professores de cordas, sopro e percussão, e o maestro. Para o pequeno concerto, na Reitoria, dia 26, está sendo ensaiado um repertório popular e erudito. “A orquestra está muita entusiasmada com a oportunidade de poder voltar a funcionar, ainda que com recursos para alguns meses apenas, e com a esperança de continuidade”, comenta Joel Barbosa. Ele conta que além da motivação, o grupo encara também um desafio, já que nos dois últimos anos a Orquestra Sinfônica da Juventude “funcionou ocasionalmente por ações voluntárias de alguns alunos e professores e voltou a ensaiar com todo gás há apenas três semanas”. Para o maestro, esta retomada tem grande significado não só para os integrantes da orquestra. “Na verdade a cidade só tem a ganhar com o projeto”, conclui Barbosa.

Assessoria de imprensa
Fundação Gregório de Mattos

     
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