:: Avisa Lá Salvador ::
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FEIRA DE SÃO JOAQUIM

A Feira de São Joaquim preza por ser um local de comércio da Cidade de Salvador que consegue reunir, em um espaço de 60 mil metros quadrados, os mais variados produtos, iguarias e especiarias ligadas à cultura popular, predominantemente negra.

Na Feira de São Joaquim, pode-se encontrar, não só os produtos alimentícios, como produtos decorativos, para vestuário e religiosos. A área foi doada pela prefeitura e pelo estado aos feirantes da extinta Feira de Água de Meninos, devido ao fogo que a destruiu em 1964. A Feira de São Joaquim cumpre o papel de entreposto de mercadorias vindas do Recôncavo, como: frutas, verduras, carne, artesanato.

 

 
Área
PENÍNSULA E COMÉRCIO
 
 
Na Mídia
:: FRAGMENTOS DA BAHIA
CORREIO DA BAHIA, 23.01.2004, pg. 08, Katherine Funke
:: A DESCOBERTA DA FEIRA DE SÃO JOAQUIM
CORREIO DA BAHIA, 24.11.2002, pg. 3
:: NA FEIRA DE SÃO JOAQUIM HÁ DE TUDO PARA SE VER
TRIBUNA DA BAHIA, 08.06.1978, pg. 09
 
Atrativos
-CASA PIA E COLÉGIO DOS ÓRFÃOS DE SÃO JOAQUIM
A Casa Pia e Colégio dos Órfãos de São Joaquim, ex-Noviciado da Anunciada da Jequitaia, está localizada na parte baixa de Salvador, no sopé da Montanha, à margem da avenida que leva à península de Itapagipe. Por ocasião da fundação do Noviciado da Jequitaia o mar chegava até sua frente e a ligação com a cidade se fazia por barco. Por força de sucessivos aterros o monumento está hoje afastado do mar, tendo à sua frente uma pequena praça.
Edifício de notável mérito arquitetônico que compreende colégio, capela e instalações de captação de água da encosta, transformada em banheiro do orfanato no século passado. A construção se desenvolve em torno a um grande pátio em dois pavimentos. A capela apresenta uma galilé de três arcos, superposta por tribunas em lugar de coro como na solução tradicional franciscana e beneditina. A pintura do teto é de José Teófilo de Jesus de 1826 alusiva à Anunciação da Virgem, bem como os três quadros para altares alusivos a S. Pedro de Alcântara, N. Senhora e Santíssima Trindade na capela-mor; aInda da mesma autoria, os quadros de Santana, S. Joaquim e a Virgem no altar ao lado do Evangelho; representando a morte de S. José assistida por Cristo e a Virgem no altar do lado da Epístola. Trabalharam nas obras de talha inúmeros irmãos no período de 1722 a 1748, mas a talha atual dos altares, púlpito, tribunas e coro é neo-clássica. Possui mobília de jacarandá do séc. XIX no Salão Nobre.
Construção conventual desenvolvida em torno a um imenso claustro. A capela ocupa o meio do "quarto" frontal, partido adotado no Seminário de Belém de Cachoeira (Ba) e proposto pelo Pe. S. de Vasconcelos para o Colégio de Salvador em 1654. A igreja apresenta uma solução curiosíssima. O eixo da nave é paralelo à fachada principal. Esta disposição permitiu que o volume da ig. não interferisse no claustro. Separadamente planta e fachada tem como modelo as igrejas matrizes e de irmandade do começo do séc. XVIII, mas reinterpretadas de maneira criativa. Os corredores são substituídos pela galilé e galeria do claustro. O corpo central da fachada não corresponde à nave com coro elevado da solução tradicional, mas sim à galilé e tribunas superpostas. Ela repete com sucesso a experiência da ig. do Colégio de Jesus ao tentar conciliar a fachada de duas torres com nova fachada romana de frontão clássico ladeado por volutas. Sua fachada como a da C. da Praia é flanqueada por corpos de construção à madeira do Convento de Mafra de Ludovice. As janelas com frontões sem entablamento evocam a Lisboa Pombalina, tendência que se faz sentir em outras igs. que receberam componentes de Lisboa como C. da Praia, N. S. do Pilar e, inexplicavelmente a de Santana.
Histórico arquitetônico: 1704 - Fundado o Noviciado em terreno doado pelo bandeirante Domingos Afonso Sertão, desbravador do Piauí; 1705 - O Geral da Companhia aprova fundação; 1706 - Licença para construção dada pelo Rei; 1709 - Lançada a 1ª pedra em 09/III. O projeto original foi remodelado pelo francês Charles Bellaville S. J. As obras foram dirigidas pelo Pe. José Aires com assistência do projetista. Bazin afirma que o irmão Jácome Antônio Barca, italiano de Como, trabalhou também como arquiteto; 1724 - Domingos A. Sertão em testamento doa recursos para conclusão das obras. Nesta época estavam concluídos três corredores e a capela; 1728 - Realizada a inauguração oficial; 1732 - Construção do 4º corredor, lado da igreja; 1736 - Trabalhos na capela-mor e coro; 1759 - Renovadas as torres e o frontispício, construída a capela mortuária e uma muralha para proteger o edifício da ação do mar; 1760 - O monumento passou a propriedade da Coroa com a expulsão da Companhia de Jesus; 1818 - O Conde da Palma, governador da Bahia pediu a D. João VI a doação do prédio para que o beato Joaquim Francisco do Livramento nele estabelecesse um colégio para órfãos; 1825 - O orfanato é inaugurado; 1826 - José Teófilo de Jesus executa a pintura do teto da igreja.
Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

-IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DA SANTÍSSIMA TRINDADE
A igreja está localizada sobre terrapleno na falda da encosta que divide a cidade em dois níveis no bairro de Água de Meninos. O mar que deveria chegar perto de suas escadarias está hoje afastado, em conseqüência das obras de ampliação do porto. Sua vizinhança está livre de edifícios que possam competir com sua volumetria.
Edifício prejudicado pela inserção de elementos não condizentes como lajes de concreto nas galerias. Uma das mais curiosas adaptações de uma igreja setecentista às exigências espaciais do neo-classicismo. A igreja apresenta três naves, sendo que as laterais são superpostas por galerias. Uma grande escadaria serve de acesso ao terrapleno em que está assentada a igreja. A igreja encontra-se em estado de ruína, tendo desabado o seu teto e assoalhos. Possui imagens da Santíssima Trindade, em madeira, N. S. dos Remédios e muitas outras de menor importância. Devido ao estado de arruinamento da igreja, os membros da Irmandade recolheram as imagens.
Esta igreja, iniciada em 1739, foi reconstruída em 1888, em conseqüência de um incêndio. Sobreviveram ao fogo as paredes externas, ainda hoje em alvenaria de pedra, enquanto que as internas foram reconstruídas em tijolo. A julgar por estes testemunhos, podemos afirmar que a igreja primitiva apresentava nave única, com corredores laterais superpostos por tribunas, como era comum nas igrejas de irmandade e matrizes da época. Mantendo a caixa primitiva, a reconstrução do final do séc. XIX procura dotar a igreja de três naves, conservando, porém, as antigas tribunas, agora transformadas em varandas abertas para a nave central. Uma tentativa semelhante, embora mais grosseira, é realizada no começo deste século na igreja da Boa Viagem. A separação entre as naves se faz por duas ordens de arcadas muito altas, apoiadas sobre colunas coríntias. A fachada principal é uma mistura de elementos rococós tardios, como o frontão, e elementos neo-clássicos, como as janelas. A terminação da torre em pera revestida de azulejos é tipicamente do séc. XIX e pode ser notada em outras igrejas de Salvador, como de N. S. da Saúde e Penha. O interior, com seus altares de alvenaria e gesso, é inteiramente neo-clássico.
Histórico arquitetônico: 1733 - Em 13 de Julho, João Antônio Milheiros e outros tomaram em arrendamento à administração da Igreja de Sto. Antônio Além do Carmo trinta braços de terreno, para nele edificar uma capela sob a invocação de N. S. do Rosário e Santíssima Trindade. A capelinha foi edificada a meia encosta da Montanha. Existem restos de paredes da mesma nos fundos das casas da Rua d´Água de Meninos;
1739 - A Irmandade, reconhecendo ser pequena a capela, resolveu edificar uma igreja maior, e nesse ano lançou a 1ª pedra, um pouco mais abaixo do sítio da antiga capela;
1806 - Por Bula do Santíssimo Padre Pio VII, foi extinta a Irmandade do Rosário e Santíssima Trindade, instituída em seu lugar a ordem 3ª da Santíssima Trindade e Redenção dos Captivos; 1877 - A Ordem obteve da Presidência da Província a doação do cemitério do Bom Jesus e terrenos anexos; 1888 - A 25 de julho, a igreja, que estava sendo reconstruída, foi devorada por um incêndio que só deixou de pé as paredes.
Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

-IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA
Situa-se a meia altura da ladeira que liga os bairros da Lapinha e Água de Meninos. A igreja forma com pequenas casas (Séc. XIX) escalonadas na encosta um dos mais pitorescos e característicos conjuntos da cidade de Salvador.
Arquitetura menor, de valor principalmente ambiental. Igreja com corredores laterais superpostos por tribunas. O do lado direito é de construção recente (vide Falcão, E. C. - Relíquias da Bahia), fachada singela, sem torres. Não possui, atualmente, nem altares nem imagens, por terem sido retirados em consequência do estado de arruinamento e abandono. Há notícias de que possuía duas estátuas de seu padroeiro, uma atribuída a Bento Sabino dos Reis e outra a João Guilherme da Rocha Barros.
A igreja é uma construção inacabada do final do século XVIII. A julgar pelos elementos originais da fachada, ela teria sido projetada segundo o modelo corrente no século XVIII, isto é, nave central com corredores laterais superpostos por tribunas. Esta disposição se refletia em elevação na fachada tri-partida, formada pelo corpo central flanqueado por duas torres sineiras. A construção, totavia, parou no nível da cornija, não tendo sido executadas nem as torres nem o frontão. O corredor lateral direito só foi executado em data recente, embora pareça ter sido previsto originalmente. Sua planta, que se inscreve num retângulo perfeito, ainda não apresenta sacristia transversal, e é o desenvolvimento natural do partido em "T" (vide Palma) adotado no século XVII. Outras igrejas baianas apresentam a mesma planta como: Saúde, São Bartolomeu de Pirajá, Aflitos etc.
Histórico arquitetônico: A capela foi construída em fins do século XVIII pelo padre Antônio Borges Monteiro. 1819 - Faleceu o seu fundador que deixa todos os seus bens, inclusive capela, sob a administração de Theotônio de Amorim Falcão, na condição de que ele passasse a seu sobrinho, caso este se ordenasse, ou a um padre da Ordem de São Francisco de Paula que algum dia chegasse à Bahia. Como nenhuma das duas hipóteses tenha se realizado, a administração foi confiada ao Desembargador Joaquim Anselmo Alves Branco, que era juiz de capelas, passando-a a um sobrinho seu e com a morte deste, à Fazenda Nacional; 1843 - Os irmãos da confraria de N. S. Mãe dos Pobres requerem licença para passar esta devoção à dita capela, o que foi concedida. Criou-se, pouco depois, a Irmandade de S. Francisco de Paula.
Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.
 
Feira de São Joaquim
Vista panorâmica
 
 
 
Personagens
LEONEL MATTOS
Leonel Rocha Mattos, nascido em Itapagipe em 1955, é um artista bastante reconhecido na cidade. Pinta desde os 15 anos e já recebeu diversos prêmios por sua arte, sendo o primeiro em 1977, no Festival de Arte de Itapuã. Em 1984, realizou sua primeira instalação urbana, na Feira de São Joaquim pintando no próprio ambiente da Feira e convidando as pessoas a arriscarem usar o pincel. Desde então, realiza uma série de interferências urbanas. Em 2004, recebeu o Prêmio Braskem Cultura e Arte pelo projeto Caixa Preta, trabalho de cunho social, desenvolvido nas celas e paredes da Penitenciária onde permaneceu por 3 anos, reuniu num labirinto de 200m2, 610 obras do artista e 250 obras de presidiários.

É possível apreciar as pinturas de Leonel em vários pontos da Península de Itapagipe, além de outros bairros de Salvador. O artista vem desenvolvendo em parceria com a Prefeitura de Salvador um trabalho de resgate dos pichadores, pintando murais em toda a cidade. Av. Frederico Pontes, Mares, Largo de Roma, Monte Serrat, Ribeira são alguns dos lugares que já receberam as pinceladas de Leonel Mattos.

Ele acredita que sua arte é feita para que o povo veja, diferentemente de alguns artistas que o criticam dizendo que intervenções urbanas desvalorizam o trabalho de um artista.
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