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PARIPE / SÃO TOMÉ DE PARIPE

Últimos bairros praianos pertencentes à Salvador dentro da Baía de Todos os Santos, por sinal com praias de impressionante beleza, Paripe e São Tomé de Paripe guardam ainda um clima interiorano à beira mar. Cada um possui a sua Igreja; no primeiro em louvor a Nossa Senhora do Ó e, no segundo em louvor a São Tomé de Paripe que foi construída pelos Jesuítas no século XVI. O nome Paripe é de origem indígena e significa um tipo de pesca, ou uma armadilha para peixe, feito de pedaços de madeira em formato de vara que são colocados dentro do rio. Foi durante o governo Tomé de Souza e Duarte da Costa que avistaram-se os primeiros exploradores da região de Paripe: os índios. A Praia de São Tomé de Paripe é famosa por sua beleza natural e por sua proximidade com a Ilha de Maré; nela está instalada a Base Naval de Aratu, bem próximo ao limite com o município de Simões Filho.

 

 
Área
SUBÚRBIO
 
Depoimentos
“Paripe é um julgado. Paripe é uma coisa interessante porque na verdade, Paripe, embora faça parte da cidade de Salvador, foi anexado judicialmente à cidade de Salvador muito depois da fundação, muito depois. No século XVIII, ainda Paripe não integrava – digamos – legalmente a área da cidade de Salvador, era um julgado; ou seja, um povoado de administração independente."
Por quê existiu a Comarca de Paripe?
“Você sabe o que é a comarca? A jurisdição de um juiz era limitada por uma comarca; então, Paripe, porque era distante, era outra comarca que não a cidade de Salvador, era um julgado, como se dizia na época, o julgado de Paripe. Depois, com as facilidades do transporte ferroviário, com a aproximação do subúrbio com o centro, o julgado de Paripe desapareceu e Paripe passou a ser um subúrbio como outro qualquer.” (Cid Teixeira)
www.cidteixeira.com.br

"O pessoal tá se conscientizando que o Bate-coração é um bairro comum, com gente decente como a Pituba e a Barra. Estamos cada dia mais unidos. O povo tá caindo em si."
Ubiratam Oliveira - Liderança cultural de Boiadeiro/Alagados
(Quem faz Salvador, 2002, Cd-Room, Ufba)
 
Na Mídia
:: BOM, BARATO E PERTO DE CASA
A TARDE, 23.05.2005, Caderno Local, p. 5, Cláudia Oliveira.
:: CENTRO DE ESPERANÇA
CORREIO DA BAHIA, 22.04.2003, p. 8, Daniel Freitas.
:: CLIMA DE INTERIOR
CORREIO DA BAHIA, 03.05.1997, Caderno 2, p. 11, Márcia Luz.
:: DOMINGO NA PRAÇA
CORREIO DA BAHIA, 17.11.1997, Caderno 2, p. 1, Mônica Celestino
:: CRECHE ESPERANÇA
A TARDE, 30.09.2007, p.09,Daniele Rebouças
:: CENTRO DE ESPERANÇA
CORREIO DA BAHIA, 24.04.2003,p.08, Daniel Freitas.
:: VERÃO SUBURBANO TEM CHEIRO DE NATUREZA
JORNAL DA BAHIA, 24.12.1990, P.05.
:: SÃO TOMÉ DE PARIPE, UMA PRAIA LIMPA NO SUBÚRBIO
TRIBUNA DA BAHIA, 07.03.1988, caerno.Cidade, p.35.
:: GALERA DE RESPEITO
CORREIO DA BAHIA,28.05.2007, caderno.Aqui Salvador, p.06,Jony Torres.
:: VOLUNTÁRIOS TENTAM RECUPERAR MATERIAIS DE ABRIGO INCENDIADO
A TARDE, 05.02.2006, caderno.Local, p.1
 
Atrativos
ATRATIVOS NATURAIS

- MANGUEZAL
Localizado próximo ao Quilombo do Tororó (em São Tomé de Paripe), abriga uma diversidade de fauna típica e é o que alimenta a maioria dos descendentes quilombolas. Hoje o quilombo está prejudicado pelo aterramento que o correu após a implantação da Fábrica Dias Branco, o que destruiu uma parte deste manguezal.

- PRAIA DE SÃO TOMÉ
A praia que surge após Paripe contrasta com a decadente fábrica Cocisa apresentando águas calmas, ideais para crianças. Cercada de um lado pelos navios ancorados da Usiba e, de outro, pela Base Naval, esta praia ainda mantém viva a oportunidade de vislumbrar uma paisagem de águas limpas, onde canoas caiçaras balançando ao ritmo da água calma do mar completam, junto com a variedade de búzios espalhados pela areia, o cenário ainda bastante aproveitado e reconhecido pela população do subúrbio ferroviário e de outras regiões, que vêm para namorar, tomar sol e jogar o tradicional baba de fim de semana.

CENTROS CULTURAIS

- CENTRO DE ARTES E CULTURA DERALDO LIMA
Criado pelo artista plástico Deraldino Lima, é um centro de capacidades e desenvolvimento cultural. Promove vários eventos com jovens do bairro, dentre estes Grupos de Hip Hop (grupo Power Black), teatro (grupo Culturart), dance, (grupo Swing Dance), teatro de bonecos (Boneca e CIA), dança (Morenárt) e capoeira. Tem como diretora a professora e atriz Tânia e está sediado à rua Sonata Filomena, 720 A, São Tomé de Paripe.

- CENTRO DE CULTURA EM DESENVOLVIMENTO ESCOLOGIA
O projeto está alicerçado numa ação de resgate e sedimentação da cultura da comunidade do bairro de São Tomé de Paripe, enfocando a produção artesanal (manufatura) dos doces, cestaria e renda de bilros, atividade esta exercida pelos mestres homenageados, visando instituí-los como módulo de economia sustentável, preservando-se a herança cultural. Para esta finalidade, os jovens coordenadores criaram um kit composto por estes produtos além de material fotográfico, tendo como base cestos especialmente criados para tal finalidade. Essas mercadorias são apresentadas e comercializadas nas feiras, como atrativo e incentivo aos jovens artesões a unirem-se em um sistema autônomo de empreendedorismo em prol de seu bem-estar social.

- GALERIA 13
O artista plástico Deraldo Lima mantém um importante trabalho em seu atelier, a Galeria 13, onde promove trabalhos voltados para crianças de São Tomé de Paripe, sensibilizando-os a descobrir as cores e ilustrar a beleza das paisagens locais.

IGREJAS E RELIGIOSIDADE

-IGREJA DE SÃO TOMÉ DE PARIPE
Situa-se no cume de uma colina com fachada voltada para a Baía de Todos os Santos. Em sua vizinhança existem pequenas casas populares de pequeno porte.
Edifício de notável mérito arquitetônico. Possui sacristia e sineira em arco, do lado do Evangelho. Como em muitas capelas rurais do século XVII e XVIII, a escada de acesso à sineira e coro é externa e apoia-se sob abóbada de tijolo. Existem resto de antigas alvenarias do lado da Epístola. Sua fachada atual não deve ser a original. A sineira termina em frontão semi-circular, enquanto que o frontão do corpo central é rococó.
A planta desta igreja, em cruz latina, formada pela nave e duas capelas opostas, situa-se na linha da tradição jesuítica luso-brasileira, que tem sua origem nas igrejas de S. Roque de Lisboa e Espírito Santo de Évora, embora a baiana tenha eliminado as capelas laterais inter-comunicantes. Ela apresenta grande semelhança com a igreja de Socorro em Sergipe também jesuítica. Um elo desta evolução é a igreja de N. S. da Graça do Colégio de Olinda, do século XVI, de autoria do irmão Francisco Dias.
Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

- IGREJA DO Ó
Um importante símbolo da história eclesiástica nacional é a ruína da Igreja de Nossa Senhora do Ó. Situada em Paripe, é uma das primeiras paróquias fundadas no Brasil, datada do século XVI.

- FESTA DE SÃO ROQUE
Acontece todo ano em Muribeca, sub-região dentro de Paripe, a festa de São Roque. Todo dia 21 de agosto, a população se junta nas ruas para fazer o percurso da procissão que sai da Igreja do Ó, em Paripe, e segue até Muribeca. A população costuma fazer feijoada e brincadeiras com as crianças, atraindo um público da região e pessoas que vêm de fora, familiarizadas ou devotas de São Roque.

MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS

- GRUPO DE CAPOEIRA BANTOS BRASIL
O Grupo foi inaugurado em 28/07/2001, pelo hoje aluno formado Paulo Roberto, que já tinha iniciado anteriormente um trabalho de capoeira na comunidade de São Tomé de Paripe. Nestes anos de trabalho foram realizadas diversas atividades no âmbito da capoeira, com apresentações e Roda de capoeira, maculelê, orquestra de berimbaus, dança afro entre outras. Atualmente o grupo está inserido na comunidade, nas escolas e instituições do Bairro.
 
 
 
Curiosidades
- ORIGENS
Originalmente, Paripe era uma fazenda que pertencia a Francisco Aguilar. Ali, cultivando sempre a religião católica dos portugueses, ergueu- se a Capela de Nossa Senhora do Ó, em data imprecisa: para uns, ela foi construída em 1608, para outros, em 1690.

- QUILOMBO DO TORORÓ
Há mais de 400 anos, o Quilombo do Tororó, em São Tomé, era formado por escravos pescadores , após a abolição da escravatura, passaram a pescar e vender o peixe para os senhores e continuaram habitando o local. Hoje, os descendentes destes quilombolas sobrevivem basicamente da pesca e artesanato, têm no local uma herança cultural muito forte, preservando também as manifestações populares (bumba-meu-boi, capoeira...) e as festas de seus antepassados. Todos vivem organizados em cooperativa e praticamente todos são parentes naquela região.
 
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