:: Avisa Lá Salvador ::
:: Avisa Lá Salvador ::
PLATAFORMA

Situado no Subúrbio Ferroviário, banhado pelas águas da Enseada do Cabrito e da Baía de Todos os Santos, o bairro de Plataforma possui uma visão privilegiada da cidade, da Cidade Alta, Ilha de Itaparica, Ilha de Maré e Ribeira.
O nome Plataforma surgiu por causa de uma fortificação do séc. XVI que existia onde, hoje, está a fábrica São Braz.
Plataforma era uma fazenda do marinheiro português Antonio de Oliveira Carvalhal. A data de nascimento do bairro é de 16 de abril de 1638, dia em que o príncipe holandês, Maurício de Nassau, desembarcou na praia. Os portugueses bombardearam o bairro em 1823. Em 1851, o fazendeiro Almeida Brandão constrói uma usina que, 9 anos depois, seria transformada na Fabrica São Braz. Outra fábrica que compõe a história de Plataforma é a União Fabril dos Fiais, mais conhecida como União Fabril, de propriedade da família Martins Catharino, a fábrica contribuiu para o povoamento do local até o séc XX.

 

 
Área
SUBÚRBIO
 
Depoimentos
"Na luta pela independência, essa enseada do Cabrito foi muito importante. Os barcos passavam aqui. No parque tiveram lutas. Quando eu cheguei em plataforma eu ainda vi marca das balas de canhão nas ruínas."
"A cidade pra mim é isso aqui."
Janete Maria da Silva - Escola São Braz de Plataforma - Plataforma
(Quem faz Salvador, 2002, Cd-Room, Ufba)
 
Na Mídia
:: AQUI COMEÇOU PLATAFORMA
BAHIA HOJE, 12.12.1992, Cristal Ferraz.
:: GENTE HUMILDE, TESTEMUNHAS DE UMA HISTÓRIA
TRIBUNA DA BAHIA, 02.04.1988, Cidade, p. 2.
:: OS MASCARADOS DO SUBÚRBIO
CORREIO DA BAHIA, 02.02.2005, Aqui Salvador, p. 10, Luciana Barreto.
:: POPULAÇÃO CULTURAL PROMOVE INCLUSÃO SOCIAL DE JOVENS
CORREIO DA BAHIA, 25.10.204, caderno Especial,
:: NA VOLTA À VELHA FÁBRICA, A VIDA TECIDA DE LEMBRANÇAS
A TARDE, 06.02.1986, caderno 2, p. 12, Robert
:: CENTRO DIGITAL É INAUGURADO NO BAIRRO DE PLATAFORMA
A TARDE 12.02.2007, p.07, Felipe Blanco.
:: O MARCO ZERO DO SUBÚRBIO
A TARDE, 13.10.2007, p.07, Meire Olievira.
:: BIBLIOTECA LEVA DIVERSÃO CULTURAL A PLATAFORMA
A ARDE, 14.07.2007, caderno.2, p. 08, Tatiane Freita
:: SUBÚRBIO EM FESTA
CORREIO, 09.06.2007, caderno.Aqui Salvador, p.06,Cilene Brito.
:: RESGATE CULTURAL
CORREIO DA BAHIA, 12.04.2006, caderno.Aqui Salvador, p.08,Carmen Azevêdo.
:: CENTRO CULTURaL DE PLATAFORMA É REABERTO DEPOIS DE 16 ANOS
CORREIO DA BAHIA, 18.12.2007, caderno.Aq
:: OPÇÕES VARIADAS
CORREIO DA BAHIA, 11.06.2007, caderno.Aqui Salvador, p.06, Carmen Azevêdo.
:: FOLGUEDO JUNINO MATÉM TRADIÇÃO NO SUBÚRBIO
CORREIO DA BAHIA, 01.07.2007, caderno.Aqui Salvador, p.0
:: CASA BRASIL DE PLATAFORMA VAI AMPLIAR CONHECIMENTOS
TRIBUNA DA BAHIA, 12.02.2007, caderno.Salvador
:: SUBÚRBIO TERÁ DE VOLTA O CINE-TEATRO PLATAFORMA
TRIBUNA DA BAHIA, 19.08.2005, caderno.Salvador, p.2
:: GRUPOS CULTURIS QUEREM REATIVAÇÃO DO CINE-TEATRO
CORREIO DA BAHIA, 09.08.2004, p. 03,Daniel Freitas
:: PLATAFORMA FAZ LAVAGEM DA IGREJA DE SÃO BRÁS
A TARDE, 27.01.2003, p.02, José Bomfim.
:: A MARCA DO PODER DE UMA FAMÍLIA
TRIBUNA DA BAHIA, 25.12.1988, caderno.Cidade, p.02.
:: A FORÇA DA MULHER NA VIDA DO BAIRRO
TRIBUNA DA BAHIA, 25.12.1988, caderno.Cidade, p.02.
:: PLATAFORMA SE PREPARA PARA A FESTA DE SÃO BRÁS
A TARDE, 25.01.1999, caderno. 01, p.05.
:: COMUNIDADE DE PLATAFORMA FESTEJA
CORREIO DA BAHIA, 03.07.1998, p.02.
 
Atrativos
ANTIQUÁRIO

- ANTIQUÁRIO DE PLATAFORMA
Situado à Avenida Suburbana, 286, Plataforma, tem como organizador o Sr.Santana e este é o único antiquário do subúrbio. Apresenta, em seu acervo, obras do século XIV, peças raras de grande valor artístico e histórico.

ATRATIVOS NATURAIS

- BELO MONTE
O pequeno morro, localizado no bairro de Plataforma, já foi muito freqüentado pela população da região; apresentava uma pequena área de mata e possuía uma cruz onde a população fazia rezas e promessas. Hoje, encontra-se em triste estado de degradação.

- MORADA DE OXUM
O local apresenta, ainda hoje, quedas d´água, em uma das ruas de Plataforma, mas é impróprio para banho. Antigamente, as crianças e seus pais lá se banhavam.

CINEMAS

- CINE PLATAFORMA
O Cine-teatro de Plataforma, um importante equipamento construído na década de 40 pelo Circulo Operário da Bahia, foi vendido ao governo do estado em 1970. Há mais de 20 anos encontra-se fechado, apesar das constantes campanhas empreendidas para sua reabertura.

ESCOLAS

- ESCOLA ÚRSULA CATHARINO
Esta escola foi fundada em 1926 por Dona Maria Úrsula Catharino, esposa de Bernardo Martins Catharino. Situada à Rua dos Industriais, em Plataforma, foi a primeira escola de todo o Subúrbio Ferroviário. Havia, naquela época, muitas crianças filhas dos operários da fábrica de seu marido. Para atendê-las, Úrsula construiu atrás da fábrica, na Rua dos Tecelões, em uma das casas da companhia, uma creche-escola. No entanto, era preciso um imóvel maior, devido ao aumento no número de famílias. Dona Úrsula, junto com várias mães, solicitou a seu marido, comendador destas terras, que doasse um terreno para a construção de uma escola. Atendendo a seus pedidos, o comendador doou-as, comprou o material e contratou pedreiros para a construção. Conta-se que o primeiro tijolo foi assentado por Dona Úrsula que, pelo seu empenho para conseguir o prédio, foi homenageada dando nome à escola, com estrutura de cinco salas de aula de ensino primário. Casos populares do bairro afirmam que, em 1934, houve uma forte chuva na região e várias famílias tiveram suas casas danificadas, conseguindo abrigo na escola até que suas casas fossem recuperadas.

IGREJAS E RELIGIOSIDADE

- CAPELA DE SÃO BRÁS
No século XVII, por volta de 1638, os jesuítas ergueram-na de “taipa” e com telhado de palhas de palmeira silvada numa 9colina acima do mar, próxima a uma aldeia indígena. Um ano depois, no dia 16 de abril serviu de abrigo para os invasores holandeses. Em 1822, os portugueses montaram acampamento em frente à igreja. Por volta de 1919, ela foi reformada e ampliada, seus altares foram retirados e a imagem de São Brás levada para restauração em Portugal de onde nunca mais voltou. A imagem presente hoje na igreja foi trazida pelos donos da Fábrica São Brás, a família Almeida Brandão, antes das terras passarem para as mãos da família do Comendador Bernardo Catharino, no ano de 1932. Durante muitos anos, o Padre Monteiro, vigário de muitas freguesias, percorria a região, montado a cavalo, para dar assistência a todos da localidade. A paróquia foi criada em 1966, tendo o suíço Padre José Romer como primeiro pároco auxiliado pelas Irmãs Maria Fernandina, Erica Maria e Laurete, que deram início à construção da casa paroquial formando a catequese, grupos bíblicos, de jovens de batismo, corais e oferecendo cursos de costura, artesanato, culinária e enfermagem. A paróquia então permaneceu por 23 anos sob coordenação do Padre Kaspar Kuster, passando a ser gerida, a partir de 1991, pelos missionários da consolata.

- FESTA DE SÃO BRÁS
Ocorre no dia 3 de janeiro, em Plataforma, a festa do padroeiro do bairro. Ao longo do dia acontecem rezas na Igreja e a saída da procissão com a participação de toda a comunidade do bairro. Nessa época, as pessoas confeccionam, tradicionalmente, flores de papel para montar os altares em suas casas e, após as rezas, cozinham mungunzá e arroz doce.

PRAÇAS E LARGOS

- LARGO DO LUSO
Situado na entrada do bairro de Plataforma, o largo é um ponto de referência para os moradores do subúrbio e comporta boa parte do comércio de Plataforma, onde se apertam lojas de sapato, lanchonetes, mercadinhos e uma grande quantidade de mercados. Também serve de local para troca de ônibus que dá acesso ao interior de Plataforma.

PROJETOS CULTURAIS

- CONSTRUINDO A CIDADANIA ATRAVÉS DA CULTURA AFRO-BAIANA
Foi uma iniciativa da AMPLA no sentido de despertar nos jovens da comunidade a importância do enfrentamento do racismo, estimulando-os a participar na busca de soluções. Assim, realizou em 2001 um curso para 30 jovens, sobre cultura afro-baiana. Procura desenvolver habilidades em projetos culturais de capoeira, samba de roda, balé afro, teatro, dança, maculelê, puxada de rede, musicais, adereços e vestuários, culinária e a serigrafia, como instrumentos de transformação, valorização da cultura popular. Tem parcerias com o CEAO- Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia.

- ESPAÇO LIVRE PARA O TEATRO
É uma parceria entre a AMPLA, UFBA e da DKAAustria, que tem garantido nos últimos cinco anos um trabalho com adolescentes e jovens do bairro, montando espetáculos que são apresentados no local e por outros locais da cidade. Através do teatro, busca desenvolver a criatividade, a responsabilidade e expressividade do indivíduo, contribuindo também com o resgate da história do bairro e das lutas pela sua revitalização.
 
 
 
Curiosidades
- CARNAVAL
O carnaval, que hoje é marcado pela presença dos trios nos principais circuitos da Barra/Ondina e do Campo Grande, já foi tradicionalmente comemorado nas ruas de Plataforma, que ficavam tomadas por blocos de pierrot, de índios, gato caçador, cordão do rei, bloco da cigarra e muitas batucadas. Hoje em dia, alguns blocos de pierrot ainda sobrevivem ao tempo. Ao longo de sua história, o carnaval de Plataforma já conseguiu levar a suas ruas os filhos de Gandhy, bandas populares que se apresentaram em palcos montados na praça e, até mesmo, trios elétricos. Havia, e há ainda, um grupo de pessoas que sai pelas ruas usando talco e jogando nas pessoas, carregando o espírito carnavalesco ao longo do percurso que vai do São João do Cabrito e chega até a Plataforma.

- CUMEEIRAS
O bairro de Plataforma foi intensamente povoado por trabalhadores da fábrica São Brás que concentraram suas casas nesta região. Algumas casas foram reconstruídas e outras encontram –se, hoje, em ruínas. Denominavam-se cumeeiras as casas que funcionários recebiam como indenização da fábrica São Brás.

- ORIGEM DE SEU NOME
Para o historiador de Plataforma, Cláudio Silva, havia um engenho movido por bois, aos pés do morro, onde estava a plataforma de defesa de Vicente Álvares. Tratava-se de um fortim com canhões para a proteção e segurança da freguesia de Pirajá nas praias da enseada rica em pescado e mariscos consumidos principalmente pela vizinhança. Diz-se que esta plataforma originou o nome do bairro.

- PONTE DE SÃO JOÃO
Com a estrutura em ferro fundido, a ponte que liga Plataforma a Lobato, foi projetada em Londres e chegou ao Brasil em 1944, ano em que começaram as obras da ponte. Em 1948, a ferrovia passou pelo processo de eletrificação e em 7/11/1952 a ponte, de 461m, foi inaugurada. No ano seguinte, foi concluída a duplicação do trecho inicial e em 1954, o subúrbio ganhou trens elétricos exclusivos.

- RUA DO MABAÇO
Existe, em Plataforma, a rua do Mabaço de Cima e a rua do Mabaço de Baixo. Poucos sabem a origem do nome. Conversando com a diretora Teresinha, da escola Úrsula Catharino, constatou-se que “mabaço” significa “gêmeos”. Como à época de nomeação da rua havia muitos gêmeos residentes ali, colocou-se o nome de Rua do Mabaço. Mais tarde, criou-se outra rua, próxima àquela, denominando-se, assim, Rua Mabaço de Cima e Rua Mabaço de Baixo.

- TÚNEL SECRETO
Existe um caso histórico de Plataforma que conta haver lá no Morro do Boiadeiro um túnel secreto por onde passavam saveiros que levavam os escravos comprados pelos fazendeiros. Já que os navios não podiam se aproximar, eles pegavam um pequeno barco, passavam pelo túnel e distribuíam os escravos pelas fazendas. Pelo que se diz no bairro, trata-se de uma construção jesuíta que, tendo início em Plataforma seguindo em direção à Pirajá, abria a passagem subterrânea para Pirajá que permitia a fuga dos combates travados durante a guerra de Independência da Bahia

- VILA OPERÁRIA
Quando a família Martins Catharino se instalou na região e construiu seu mais valioso patrimônio, por volta de 1860, a Fábrica têxtil União Fabril, também conhecida como Fatbrás (Fábrica São Brás), começou também a surgir uma pequena vila operária, formada pelas modestas casas pertencentes aos então donos das terras, a família Martins Catharino, que as disponibilizava para os funcionários da fábrica, em sua maioria imigrantes. Hoje boa parte dos moradores de Plataforma continua sendo obrigada a pagar uma taxa anual pela utilização do solo, mesmo aqueles que moram em casas próprias, pois ainda são considerados inquilinos pela família Martins Catharino.
 
:: Avisa Lá Salvador ::