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PARQUE SÃO BARTOLOMEU

O Parque São Bartolomeu situa-se no Subúrbio Ferroviário, entre a Enseada dos Cabritos e o bairro de Pirajá. Ele é considerado a única reserva de Mata Atlântica em área urbana do Brasil.
Importante espaço de preservação ambiental, o parque guarda as simbologias da religião ancestral africana em suas árvores, águas e matas. Os adeptos do Candomblé usam o local para realizar oferendas aos caboclos e orixás, e há cerca de 15 anos existiam romarias que reuniam o povo de santo para realizar rituais nas águas do parque.
No Parque, está situada a Mata do Urubu, onde se instalaram os primeiros índios tupinambás e depois centenas de quilombolas. O Parque de São Bartolomeu também foi local da decisiva Batalha de Pirajá, onde se definiu a independência da Bahia.
O parque foi criado pelo Decreto Municipal 5363 de abril de 1978, o que garantiu o reconhecimento oficial dos valores científicos, ambientais, históricos, culturais, educativos, religiosos e turísticos daquele território. Contudo, muito ainda precisa ser feito para garantir sua preservação. Com a mudança de configuração urbanística da minoria, a região foi abandonada, sendo lembrada apenas como um espaço turístico destituído de seus significados culturais básicos. A região, terreno sagrado dos praticantes de candomblé e reserva de grande diversidade natural, está hoje entregue à insegurança, degradação causada pela população e falta de manutenção.

 

 
Área
SUBÚRBIO
 
 
Na Mídia
:: CID TEIXEIRA
JORNAL DA BAHIA, 15.01.1982, 2º Caderno, p. 6.
:: MINISTÉRIO TEM R$ 11,1 MILHÃO PARA O PARQUE
A TARDE, 02.07.2006, p. 6, Katherine Funke.
:: MISTICISMO E RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA
TRIBUNA DA BAHIA, 01.11.1983, p. 4.
:: ROMARIA DE S. BARTOLOMEU COM GENTE DE TODA PARTE
A TARDE, 17.07.1979.
:: SANTUÁRIO PAGÃO
CORREIO DA BAHIA, 05.12.2004, Repórter, p. 1, Adriana Jacob.
:: CELEBRAÇÃO ENCERRA CICLO DE HOMENAGENS A SÃO BARTOLOMEU
CORREIO DA BAHIA,21.08.2005, Aqui Salvador,
:: PARQUE É SANTUÁRIO DOS ORIXÁS
TRIBUNA DA BAHIA, 28.05.1988, caderno.Cidade, p.02.
:: PARAÍSO DESCONHECIDO
TRIBUNA DA BAHIA, 24.08.1996, p.08, Jean Wyllys.
:: SEMUR PLANTA BAOBÁ EM SÃO BARTOLOMEU
TRIBUNA DA BAHIA, 02.06.2007,caderno.Salvador, p.10.
:: PARQUE GANHA MAIS UMA ÁRVORE SAGRADA
A TARDE, 02.02.2006, caderno.Local, p.05, Cleidiana Ramos.
:: PARQUE SÃO BARTOLOMEU SERÁ EM BREVE TEMPLO DOS ORIXÁS
TRIBUNA DA BAHIA, 11.08.1982.
:: PARQUE, O DESEJO DE CLÉRISTON
JORNAL DA BAHIA, 14.01.1982, P.03.
:: ORIXÁS E SÃO BARTOLOMEU OPERAM CURA NAS ROCHAS
JORNAL DA BAHIA, 18.08.1970, caderno.01, p.03.
:: PARQUE SÃO BARTOLOMEU
A TARDE, 15.01.1984.
 
Atrativos
BACIA DO COBRE

A bacia é uma represa artificial construída dentro do Parque Metropolitano de São Bartolomeu e garante boa parte do abastecimento de água da região do subúrbio.
 
 
 
Curiosidades
- OS ÍNDIOS E O PARQUE SÃO BARTOLOMEU
Antes da chegada dos portugueses, e até dos africanos eram os indíos tupinambá, uma das tribos pertencentes ao grupo tupi-guarani, que habitavam a região do parque. Os tupi-guaranis povoaram todo o país no século 16 e tinham uma população média de um milhão de habitantes. Instalaram-se aqui após passar pela região costeira, vindos de onde viria a ser a colônia portuguesa. Eles acreditavam que o fim do mundo estaria próximo e migraram em direção à costa encontrando os portugueses que haviam acabado de atracar em terreno brasileiro.

- OS QUILOMBOS DE SÃO BARTOLOMEU
As matas de São Bartolomeu abrigaram os candomblés, que existem até hoje, os indígenas e o lendário Quilombo dos Urubus e suas manifestações, onde índios e negros se refugiavam contra perseguições escravocratas. Nestas matas reuniram-se rebeldes que organizaram diversas revoltas libertárias no século XVII. A existência de quilombos, onde a cultura de origem africana, notadamente a religiosa, era praticada livremente, devido às características especiais da natureza naquela região, levaram as comunidades negras às matas de São Bartolomeu-Pirajá- atual Parque Metropolitano de Pirajá do qual o Parque São Bartolomeu é parte integrante- como um santuário do candomblé. Para a religião afro-brasileira, a natureza é sagrada, as divindades cultuadas são representadas por acidentes naturais e vivem nas cachoeiras, árvores, rios, manguezais, pedras, fogo, mar e vento. Até o final dos anos 60 aconteciam com regularidade as festas ritualísticas de terreiros de várias regiões do país. Houve tempo em que não se iniciava um filho - de - santo na Bahia sem que antes ele passasse pelo Parque para banhar-se e purificar-se, deixar oferendas na mata e fazer rufar os tambores para celebrar as forças da natureza. Ainda hoje, o parque é muito procurado pelo candomblé para a coleta de plantas de uso litúrgico e medicinal.
 
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