BARBALHO / MACAÚBAS / LANAT / PELA PORCO

A música Garota do Barbalho, cantada por Caetano Veloso, leva o nome de um bairro que, ainda, mantém algumas ruas com paralelepípedos, e possui residências que lembram as cidades do interior. Lá, encontrava-se dois grandes matadouros, que recebiam as boiadas para o abate, por isso o bairro já foi conhecido como - O Matadouro da Cidade.

O bairro está localizado em terras que pertenceram ao Luiz Barbalho Bezerra, de onde lhe vem o nome de origem. O Barbalho guarda, no passado das suas ruas, um grande número de heróicas batalhas travadas em prol da independência do país. Na segunda invasão holandesa, a Fortaleza do Barbalho não permitiu que as tropas passassem de Águas de Meninos, fazendo uma verdadeira barreira de fogo. Neste forte, em 2 de julho de 1823, quando da passagem do Exercito de Libertação, foi hasteada, pela primeira vez na cidade de Salvador, a bandeira do Brasil independente.

O Lanat pertenceu ao engenheiro Henrique Lanat. O local era uma fazenda que passou por um processo de loteamento e tornou-se um bairro. Faz fronteira com os bairros do Barbalho, Liberdade e Baixa de Quintas.

 

"Lá (Santo Antônio) a gente vê gringo todo dia, é bem bonitinho, bem cuidado. Já o Barbalho é uma coisa mais urbana, só que não recebe o mesmo cuidado. A cidade toda é assim."
Maíra Castanheiro Magalhães de Moraes - Educanda do CRIA e integrante do GACI - Barbalho/Santo Antônio
(Quem faz Salvador, 2002, Cd-Room, Ufba)

"Cada coisa em nosso bairro tem uma história: Tem a história da luz, da água, da urbanização, do esgoto, das escolas, do Centro de Saúde, da legalização(...) Nada veio para nós à toa."
Maria José Santana - Liderança cultural de Péla Porco/Alto da Esperança
(Quem faz Salvador, 2002, Cd-Room, Ufba)

"Uma certa vez, estavam derrubando os barracos, e uma senhora estava limpando um porco para vender a carne aos moradores. Aí chegou um jornalista, não sei de qual jornal, e perguntou o nome do local, mas ninguém sabia. Ele olhou o porco e disse: É Péla Porco, e ficou. A gente achava feio o nome e depois de uns três ou quatro anos, quando já estávamos nos organizando, marcamos uma assembléia para tirar o nome. Um padre da Igreja de Santo Antônio nos ajudou."
Maria José Santana - Liderança Cultural de Péla Porco/Alto da Esperança
(Quem faz Salvador, 2002, Cd-Room, Ufba)