:: Avisa Lá Salvador ::
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COMÉRCIO

O bairro do Comércio, até a década de 70, era muito importante para a vida da cidade. O povoamento de bairros, como Iguatemi, traz mudanças no cenário da cidade, mas, ainda hoje, algumas lojas mantêm a memória dos tempos glamurosos.

O Comércio era a porta de entrada para se chegar em Salvador, por lá passou a família real, fugida de Portugal, e, também, servia, e serve até hoje, como principal porto de mercadorias da cidade, já foi considerado o maior porto do Atlântico Sul.

Durante 400 anos, a região figurou como único centro comercial, industrial e portuário da província. A construção da Avenida Lafaiete Coutinho - Av. Contorno em 1962, muda o aspecto do Comércio, favorecendo a implementação de um moderno Centro Comercial para a época. Com o crescimento e a evolução da cidade para outra área, como o Miolo Central e Iguatemi, o bairro do Comércio é abandonado por suas principais empresas e, hoje, estuda-se um projeto de revitalização que confronta propostas turísticas, comerciais, imobiliárias e de moradia popular.

 

 
Área
PENÍNSULA E COMÉRCIO
 
Depoimentos
"Salvador é tudo isso. É mágica...Nas feiras livres tem cultura o tempo todo, mas ninguém vai lá. O universitário vai pro Iguatemi e consome aquela anti-cultura de enlatados."
Bule-Bule - Autor de Literatura de Cordel - Comércio
(Quem faz Salvador, 2002, Cd-Room, Ufba)

"Salvador, a Bahia... é muito boa pra mim. O que eu tenho hoje agradeço a Bahia... e só."
Maria Davina Rodrigues de Oliveira - Mãe Preta - comércio
(Quem faz Salvador, 2002, Cd-Room, Ufba)
 
Na Mídia
:: A BAHIA ERA ASSIM
TRIBUNA DA BAHIA, 06.11.1988, Cidade, p. 4
:: DE FRENTE PARA A BAÍA
CORREIO DDA BAHIA, 29.03.2004, Caderno Especial, p. 1, Andréia Santana
:: MAIS ANTIGA TRADIÇÃO DO BRASIL
A TARDE, 08.12.1958, Caderno 1, p. 2, Paulo Gil Soares
:: DEVOÇÃO ARREBATADA
CORREIO DDA BAHIA, 09.12.2006, Aqui Salvador, Mariana Rios
:: O MERCADO MODELO VAI PASSAR POR UMA SÉRIE DE MODIFICAÇÕES
ESTADO DA BAHIA, 21.06.1956
:: RELÍQUIA HISTÓRICA E ARTÍSTICA NÃO PODE SER ATINGIDA PELA AVENIDA CONTORNO
A TARDE, 27.05.1960
:: NO CENTENÁRIO DA BASÍLICA DA CONCEIÇÃO
A TARDE, 28.12.1948
:: RECONSTRUÇÃO DA IGREJA DA ORDEM 3ª DA SS. TRINDADE
A TARDE, 13.04.1967, Caderno 1, p.2
 
Atrativos
-IGREJA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA
Situa-se a igreja próxima do porto, no sopé da Montanha onde nasce uma das mais antigas ladeiras de acesso à cidade alta. O edifício está engastado na rocha viva. Sua vizinhança é constituída por altos sobrados do século passado, de utilização mista: comercial e residencial. A igreja integra o sítio da Conceição tombado pelo IPHAN (GP-1), e a encosta é protegida pelo art. 113 da Lei Municipal nº 2.403 de 23.08.1972, como zona de preservação rigorosa (GP-1).
Edifício de elevado valor monumental. A construção compreende, além da igreja, dois corpos laterais que abrigam atividades da Irmandade e que se separam da igreja por corredores longitudinais. O corredor esquerdo conduz a um pátio com chafariz, onde nasce larga escadaria de mármore que leva à sala dos Irmãos. As galerias cegas sobre os corredores laterais da nave, entre o térreo e o primeiro andar, são um resíduo dos trifórios das igrejas medievais. O teto da nave e da capela-mor são de J. Joaquim da Rocha (1772/73). Destaca-se ainda o retábulo do altar-mor de João Moreira do Espírito Santo (1765/73). Como entalhadores, trabalharam no séc. XIX: Cândido Alves de Souza, Goldino Francisco Borges e Vitoriano dos Anjos (1834/35). Possui na ante-sacristia azulejos tipo "grinalda" (séc. XVIII), e na sacristia, azulejos de 1860. Na sacristia existe belo lavabo em mármore com bacia em concha. Dentre a imaginária, destaca-se: imagem de N.S. da Conceição, de Domingos Pereira Baião (1855).
Igreja pré-fabricada em Portugal, com caracteres da arquitetura do Alentejo, Ca 1750, sob a influência de Ludovice. O partido de três corpos separados por corredores fora adotado antes na igreja da Ordem 3ª. de S. Domingos (1731/37). Sua planta é de transição, apresentando capelas laterais, típicas do séc. XVII, e corredores com tribunas superpostas, do começo do séc. XVIII. A nave oitavada é uma transição entre a forma retangular seiscentista e a poligonal, frequente no séc. XVIII, provável influência das igrejas do Menino Deus de Lisboa (1741) e S. João Batista de C. Maior (1734). Smith vê na fachada do conjunto influência do P. de Mafra de Ludovice. Esta tendência em direção ao neo-clássico é notada em outras igrejas que receberam componentes de Lisboa, como N. S. do Pilar e, ainda sem explicação, em Santana. Seu interior é a 1ª. demonstração completa do barroco de D. João V no Brasil. O altar-mor segue a linha de existente em Monte Serrat e influenciou o da S. C. de Misericórdia. O teto da nave obedece a concepção ilusionista barroca de origem italiana.
Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO PILAR E CEMITÉRIO ANEXO
Situa-se a igreja na parte baixa da cidade, próxima ao porto, no sopé da Montanha que divide a cidade em dois níveis. Na vizinhança da igreja estão situados grandes armazéns e sobrados convertidos em pardieiros. A igreja integra a zona de preservação rigorosa (GP-1) estabelecida pela Lei Municipal nº 2.403 de 23.08.1972 e a encosta da Montanha é considerada área "non aedificandi" (GP-1) pelo Decreto Municipal nº 4.524 de 01.11.1973.
Edifício de notável mérito arquitetônico. A igreja é precedida de um amplo adro, à direita do qual se encontra, em cota mais elevada, o cemitério da Irmandade de feição neo-clássica. Portal e cercaduras de janelas da igreja são de lioz talhados em Lisboa. O teto da nave foi pintado por José Teófilo de Jesus (Ca 1837). Existem azulejos do período 1750/60 de diferentes oficinas portuguesas. Os painéis de azulejos da nave são atribuídos à oficina do Juncal; os da capela-mor possuem cercadura rococó e fundo marmoreado azul. Existem ainda azulejos nos corredores laterais à capela-mor e na sacristia também de gosto rococó. Dentre a imaginária, destaca-se a imagem de Santa Luzia, do séc. XVIII. A igreja é rica em alfaias, possuindo coroa com 140 brilhantes, diadema de ouro proveniente do Porto, além de custódias e cálices.
Esta é uma das raras igrejas baianas a apresentar um alongamento da planta, que foi a preocupação dos arquitetos mineiros, possivelmente inspirados na igreja de S. Paulo de Braga (Portugal) do final do séc. XVII. Os corredores laterais foram suprimidos ao longo da nave e reduzidos a estreitas ligações ao longo da capela-mor que conduzem à sacristia transversal. Esta disposição é adotada também nas igrejas dos conventos franciscanos do Nordeste. Sua fachada (Ca 1770) apresenta portas e janelas coroadas por frontões retilíneos e curvilíneos sem entablamento, executados em lioz de Lisboa, onde começava a florescer o espírito arquitetural que conduziria ao neo-clássico. Esta tendência, também notada em outras igrejas do mesmo período, como Conceição e Santana, não vingaria na Bahia, a não ser no século seguinte, na decoração interior. O frontão do corpo principal apresenta um tratamento rococó dos mais requintados e comprova a não aceitação na Bahia dos modelos que empolgavam Lisboa na época. A terminação da torre se assemelha às coberturas à Mansard, também notadas nas igrejas do convento do Carmo e Santana. O cemitério sob a influência do neo-clássico tomou a forma de um monumental pórtico eneástilo.
Histórico arquitetônico: Frei Agostinho de Santa Maria informa que os fundadores da igreja foram Pe. Pascoal Duram de Carvalho, João Heitor e Manoel Gomes; 1718 - A Irmandade foi instituída e teve aprovação do seu compromisso em 1719; 1739 - Contribuição real para a edificação da capela-mor. Bazin acredita que a igreja tivesse sido iniciada nesse ano; 1756 - Decisão municipal autoriza desmontar encosta para construção do adro da igreja; 1770 - Execução do frontispício, segundo documento da Santa Casa de Misericórdia, citado por Bazin; 1796 - José Joaquim da Rocha faz o douramento e pintura da sacristia e seis painéis; 1798 - Fatura da cornija; 1799 - Encomenda a Felipe Ribeiro Filgueiras pedra do Reino para lajear a igreja e soleira das portas. Edificação do cemitério; 1834 - executados 8 painéis e douramento da talha por José Téofilo de Jesus; 1837 - Pintura do forro por José Téofilo de Jesus; 1838/39 - Encomendados a Joaquim Francisco de Mattos 4 altares da nave, 6 tribunas, 2 púlpitos, talha do coro, portas, molduras para painéis e obras do batistério; 1843 - Desabamento de terra arruina o consistório e retarda douramento da talha; 1848 - Douramento das novas talhas por Manoel Joaquim Lino; 1902 - Construção de dois novos altares laterais em gesso; 1903 - Substituição das grades de madeira do batistério por ferro.
Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

-CAPELA DE SÃO PEDRO GONÇALVES DO CORPO SANTO
A igreja situa-se próxima ao porto de Salvador, no bairro do Comércio, formando uma das esquinas da praça Cairu, embora sua fachada se abra para a rua do Corpo Santo, uma estreita rua de sobrados do século XIX, já bastante alterados tal como a igreja.
Edifício prejudicado pela insenção de elementos não condizentes, como nova fachada e lojas na parte posterior e porão. O altar-mor não é original. O único elemento provavelmente primitivo é o teto. Dentre a imaginária, destaca-se: imagem do Senhor do Passos, em tamanho grande, e crucifixo do altar-mor. Possui ainda estátua do Senhor da Redenção, atribuída a Chagas, "O Cabra".
Esta igreja apresenta planta do tipo arcaico e singelo, encontrado na arquitetura religiosa rural, cuja nave e capela-mor formam um só corpo de construção dividido convencionalmente pelo arco cruzeiro. Apresenta já um corredor muito largo que funciona como sacristia e que se estende em quase todo o comprimento da igreja. Sua planta é muito semelhante à da capela da fazenda de Sto. Antônio de S. Roque (SP) de 1681/82, embora não possua alpendre frontal. A igreja não possui atualmente, torre sineira, mas a presença de uma base indica que ela existiu ou foi cogitada. Sua fachada é resultante da reforma de 1902. O altar-mor, se não for dessa época, será, no máximo, do final do séc. XIX. O forro da nave, provavelmente original, é do tipo adotado nas igrejas brasileiras até a 1ª. metade do séc. XVIII, isto é, caixotões guarnecidos por molduras com ornatos em talha.
Histórico arquitetônico: 1711 - Fundada a capela pelo marujo espanhol Pedro Gonçalves, em pagamento a uma promessa feita durante uma tempestade em águas da Baía de Todos os Santos; 1736/56 - Serviu de matriz da freguesia, enquanto se construía a atual igreja da Conceição da Praia; 1902 - Em consequência do alargamento da rua Santos Dumont, o Intendente de Salvador, Dr. José Eduardo Freire de Carvalho Filho, mandou reedificar a fachada posterior, sendo nesta oportunidade criadas lojas comerciais na fachada do fundo e lateral, por baixo do piso da igreja e modificado o frontispício.
Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.
 
Praça da Inglaterra
Rampa do Mercado Modelo
 
 
 
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